"O aparentemente separado "eu" é um mal-entendido criado pela mente que divide tudo em um pseudosujeito (eu) e um objeto (o mundo fora desse eu). Essa aparente dualidade, essa sensação de estar separado e à parte, é a causa básica da infelicidade".
Uma das armas mais eficazes
usadas pelo sistema dominante (Matrix) é a “divisão”. Despedaça-se as montanhas
em pedaços menores para assim poder-se carregá-las (dominá-las) facilmente. Ou
seja, “dividir e conquistar”. Olhando do alto há uma linda esfera que mantem-se
girando incessantemente. Se é uma única esfera há de se esperar que os
habitantes desse lugar, devem se intitular por uma só raça.
Descendo um pouco, percebe-se
que a linda esfera foi fragmentada em vários pedaços menores designados de países. Agora temos um
terrível problema. Pois o que antes era só uma raça de um só lugar (planeta)
agora encontra-se dividido entre países “A”, “B”, “C” etc. Então o maior
problema que antes seria a Terra ser invadida por extraterrestres
transformou-se na possibilidade de o país “X” invadir, guerrear, matar o povo
do país “Y”. O resultado de se dividir um planeta em “territórios” com certeza
gera guerras e morticínio, pois o povo do país “A” é melhor que o povo do país “B”.
O povo do país “B” tem que se proteger do “C” e assim por diante.
É interessante como o ser humano
tende a viver ou procura viver em grupos. O pertencimento é alimento para o
ego. Se pegarmos um soldado do país “A” e lançá-lo de paraquedas no país “B”,
ele automaticamente passa a lutar pelo país em que está pois ele vai ver a
linha imaginária que divide os dois países e vai dizer; “Eu agora sou desse
país” (grupo). Vamos matar os outros! ”. Ao observarmos a questão
territorial na natureza vemos que é igualzinho. Quando um grupo de macacos
entra no território do outro, começa a guerra. Macacos da mesma espécie se
matam por território. Qual a diferença dos humanos civilizados? Nenhuma, nenhuma.
Mas então se aproximarmos um
pouco o zoom microscópico e ficarmos somente em um país será que o problema das
discórdias por causa da divisão acaba? Não. Pois o país “A” é dividido em
pedaços cada vez menores. E agora? Corta-se um país em várias fatias chamadas de
Estados, com o propósito de “facilitar o governo” (manter os bois no curral).
Se fosse este pedaço de terra somente um país estaria tudo bem, mas agora no País
“A”, que tem somente uma raça mas tem vários Estados, as pessoas do Estado “A”
são “mais inteligentes” que as pessoas do Estado “B”. As pessoas do Estado “B” “são
cabeçudas” e as pessoas do Estado “C” “não trabalham”. Pronto. Qual é o
resultado disso? Guerras, guerrilhas etc. Entende? Quanto mais se divide em
pedaços menores, pior fica.
Em 1994 houve
um terrível genocídio em Ruanda na qual cerca de 800.000 pessoas foram mortas a
facão. E no cerne da matança se encontra a raiz desse morticínio -A separação
ou diferença-. Como todos eram negros, no passado
separaram a população em duas etnias ou grupos diferentes, a qual mediram os
narizes de todos para serem classificados. Quem tinha um nariz de “tantos”
centímetros pertencia ao grupo “X”, quem tinha o nariz de outro tamanho diferente
pertencia ao grupo “Y”. Pronto, foi desenhada a linha territorial. Alguns anos
depois, o morticínio. A receita é essa.
O que aconteceria se todo o planeta
declarasse ser um povo só? Se todas as pessoas entendessem que somos um só?
Mudaria tudo. Nada seria como é, pois, a separação e a divisão ou classificação
gerou o mundo como ele é hoje.
Bom, mas o microscópio pode ser
mais aproximado em seu zoom. E então veremos que dentro dos Estados há
fragmentos de territórios há qual foram denominados de municípios. Aí cai por
terra a visão de que um Estado só faria guerra com outros Estados. Agora dentro
do País “A”, Estado “A”, as pessoas do Município “A” são melhores do que as
pessoas do município “B”. As pessoas do município “C” pensam diferente das
pessoas dos outros municípios, então são “menos importantes”. Pronto. Se uma
folha cair ao chão, matem os “outros”.
Isso é a visão materialista
governando. Escolhe-se uma área, coloca-se um nomezinho qualquer, desenha-se
uma bandeira, escreve -se um hino. Pronto! As pessoas daquele lugar vão brigar
com as pessoas do outro lugar, Certo? Já sabe, aquela história de honra, heróis
de guerra, todos esses títulos que mantém o ego lá em cima. Lembre-se que o
nazismo queria exterminar os “outros”. Havia na visão e ideologia nazista uma
linha que separava a "raça pura" das outras pessoas (que deveriam ser
exterminadas).
E dentro dos Municípios como
fica? Bom, vamos dividir esse pedaço de terra sabe? Claro, vamos medir! Daqui
até ali é o bairro “tal”. “Dali para lá é outro bairro. ” E não pode se
esquecer do nome, da área da divisa etc. Assim os habitantes do bairro saberão
que pertencem a esse bairro, e lutarão por isso. Resolvido. Não é absurdo
quando as chacinas matam milhares de pessoas todos os anos somente por orgulho
geográfico ou pela crença de “o bairro “A “ser melhor que o bairro “B” ”. Tudo
bem! São dois bairros diferentes, então ok. Bom, então era de se esperar que
pessoas de um mesmo bairro pudessem viver em total paz e harmonia, Certo? Bom
deveria ser assim se não existissem as famosas divisões ou a falsa crença de
que cada um é um separado do outro.
Ajustando o nosso microscópio para enxergar mais de perto o nosso bairro de pessoas da mesma espécie, nos espanta saber que dentro desse minúsculo pedaço de Planeta tudo é ainda mais despedaçado. O “bairro” nem precisa se preocupar com discórdias contra outros bairros pois seus habitantes de uma raça única estão subdivididos em religiões, times, condomínios e todos os tipos de fronteiras invisíveis que só existe aqui em baixo e foi criado para separar as pessoas. É muito normal, claro.
Se num
estádio de futebol a torcida do time “A” se encontrar com a torcida do time “B”, é morte na certa. E
tudo isso em nome de uma cerca invisível, um nome, um hino, uma bandeira etc. A crença
de estar separado dos outros seres é visto na filosofia budista como ignorância
(Maya). A mesma cerca a qual o touro de mais de uma tonelada acha que não
consegue arrebentar. Mas se tem algum boi que descobre a verdade sobre a cerca
e a quebra, lógico que vai ser apontado como “mal”. O boi não fica no curral
então “não presta”. “Vamos matar esse boi! ”. Se bobear os outros bois ainda
zombam do boi que fugiu.
As guerras religiosas foram uma
das que mais mataram em toda a história. Ainda hoje essa é a muralha que mais
divide o Ser. A religião "A" sempre será a certa em relação a religião “B”. Mas
não acaba por aí pois a religião “B” acha-se a correta em relação a “C”, e assim
infinitamente. E aí temos mais um dilema, com tantas religiões e tantos deuses
diferentes. Nossa! O deus da religião “X” não é o verdadeiro então vamos matar
todas as pessoas da religião “X”. “As pessoas da religião “Y” são pecadoras então,
matem todas”. E assim tem sido há milhares e milhares de anos.
Seria muito fácil se todos
entendessem que só existe Amor, que o Universo é Amor, que todos os que vieram
antes estavam falando de Amor, que todos eles eram pessoas, mas representavam o
Amor, que todos os Iluminados que ainda virão, falarão de Amor, simples.
Todos somos UM, e DEUS ou o TAO,VÁCUO QUÂNTICO, O TODO é somente Amor Infinito. Se não tem Amor Infinito não é o TODO. O Amor é o Alfa e o Ômega, nada o precede, nada o sucede.
Com Luz e Amor por:
Anant Aton